Tem uma empresa e pretende implementar medidas para aumentar a educação financeira dos seus colaboradores? Entenda porque a educação financeira é importante e conheça os 5 benefícios que a educação financeira pode ter na sua empresa!
Portugal é um dos países da União Europeia com o salário mínimo mais baixo, embora tenha vindo a aumentar nos últimos anos. Adicionalmente, segundo uma análise feita pela Pordata em 2020, 9,5% da população empregada em Portugal era considerada pobre, ou seja, vivia com rendimentos inferiores ao limiar da pobreza, que, nesse ano, situava-se nos 540 euros mensais.
Considerando estes factos, ainda existe um elevado número de pessoas com rendimentos baixos e, mesmo aqueles com rendimentos mais elevados, podem ter algumas dificuldades em gerir o seu dinheiro mensalmente, podendo acumular algumas dívidas ou elevados níveis de stress e familiares.
Adicionalmente, Portugal é também dos países europeus com menor literacia financeira, de acordo com um estudo realizado pelo Banco Central Europeu, relativamente ao ano de 2020, que demonstra o impacto negativo que certos fatores podem ter na população, como a falta de educação financeira. Isto pode ser explicado pelo facto de para muitas empresas, principalmente em empresas com culturas mais conservadoras, ainda ser considerado um “tabu” falar sobre temas relacionados com dinheiro, como é o caso de salários.
Quais os benefícios de investir na educação financeira para as empresas?
Ao contrário do que tem vindo a ser aplicado e tendo os dados anteriores em consideração, para quem tem uma empresa, pode ser bastante vantajoso e inteligente investir no conhecimento e educação dos colaboradores ao nível financeiro, de forma a torná-los indivíduos com um papel ativo na sociedade, conscientes das suas escolhas e confortáveis ao nível económico, tanto na sua vida pessoal como profissional. Entenda porque a educação financeira é tão importante!
1- Melhoria da gestão financeira pessoal e profissional
É essencial que as empresas estejam informadas e tenham noção de alguns dos números que foram partilhados anteriormente, de modo a garantirem que contratam o número de colaboradores essenciais para a atividade da empresa e que estes sejam pagos de forma justa e adequada ao seu nível de trabalho, experiência e educação.
De forma complementar, é importante que invistam numa equipa especialista em recursos humanos, políticas salariais e plano de compensações e benefícios dos colaboradores, capaz de definir condições salariais justas para ambas as partes e a dê a conhecer, de forma transparente, aos seus colaboradores.
Adicionalmente, deve ser esperado que exista uma comunicação aberta acerca da gestão de gastos e objetivos de rentabilidade da empresa a todos os stakeholders envolvidos na atividade da empresa. Para isso, deve ser feito um investimento na educação financeira dos seus colaboradores, de forma a que eles ganhem conhecimento para analisar e entender as escolhas financeiras da empresa, assim como para gerirem as suas próprias poupanças. Pode fazê-lo a partir de workshops, formações ou discussões entre equipas.
2- Maior motivação entre colaboradores
Se criar formas de ouvir os seus colaboradores, conseguirá perceber quais as suas expectativas, dúvidas e dificuldades e, assim, investir na sua educação.
Ao garantir que os seus colaboradores estão bem informados acerca das suas condições salariais, dos investimentos da empresa e educados ao nível financeiro para a sua vida pessoal, maior será a probabilidade de estarem motivados para alcançar os seus objetivos e serem produtivos no seu trabalho. Isto é explicado pelo facto de passarem a perceber de que formas ou ações podem atingir melhores resultados, que serão vantajosos ao nível financeiro, naturalmente.
Quando existe uma maior motivação, quer no trabalho como na vida pessoal, melhor será a predisposição para haver um melhor ambiente de trabalho e melhor relação entre todos os colegas. Para auxiliar esta partilha de informação e estimular a envolvência dos colaboradores, pode optar por utilizar Balanced ScoreCard, tendo em conta todas as suas vantagens.
3- Aumento da retenção de colaboradores
Quando as empresas contratam algum colaborador, investem bastantes recursos na sua formação e aprendizagem, para que consigam realizar um bom trabalho e aportar valor para o negócio.
No entanto, tendo em conta a quantidade de baixos salários em Portugal, juntando ao facto de muitos desses colaboradores sentirem que merecem um salário mais elevado ou terem objetivos pessoais e profissionais mais elevados, gera-se uma maior propensão para que esses profissionais ambicionem mudar de empresa, se isso significar um maior rendimento mensal ou uma maior motivação profissional.
Se a empresa juntar ao plano de formação, algumas formações ou workshops para a organização financeira, o colaborador passará a estar mais informado, com maior ligação com a empresa e, por sua vez, menor será a probabilidade de abandonar a empresa.
4- Sentido de responsabilidade com a empresa
A partir do momento em que os profissionais fazem parte de uma empresa, é fundamental que se sintam parte das conquistas e fracassos da mesma, visto que o seu trabalho tem impacto direto ou indireto nessa performance. No entanto, é super importante que cada colaborador sinta que tem a responsabilidade de fazer a diferença, diariamente, na sua função.
Para tal, é essencial que as empresas tenham disponíveis ferramentas de análise diárias, que os colaboradores possam utilizar e consultar durante o seu trabalho, de modo a acompanhar as vendas, stocks, gastos, pedidos de clientes e outros fatores, de modo a entenderem para qual o impacto direto das suas ações na situação económica da empresa.
Muitas das vezes, os colaboradores podem não ter noção do impacto de cada indicador, nem da posição da empresa em comparação com outras do mesmo ou de diferentes setores. No entanto, Racius é uma ferramenta bastante completa e útil que poderá utilizar para analisar a evolução financeira da sua empresa nos últimos anos, assim como para conhecer um conjunto de indicadores relevantes, relatórios e estatísticas de mais de 1 milhão de empresas portuguesas com diferentes atividades (CAEs).
Pode aceder a diferentes tipos de relatórios, desde financeiros, corporativos até relatórios de concorrência, que poderão ser bastante úteis, a partir de 14€ + IVA e, se necessitar de consultar com frequência a informação financeira e empresarial da sua ou outras empresas, o Racius tem ao seu dispor Planos de Subscrição a partir de 130€ + IVA. Conheça todos os planos de subscrição.
5- Planeamento de rentabilidade eficiente
Por norma, os empreendedores são pessoas criativas e com grande sensibilidade para o negócio, embora muitos deles não tenham competências financeiras suficientes para avançarem com o negócio, de forma autónoma, o que torna necessário contar com o apoio de profissionais formados e especializados na área financeira, capazes de os educar nesse sentido e apoiar nas suas decisões.
Com profissionais especialistas em finanças, conseguirá fazer um planeamento financeiro eficiente, antes de durante a abertura do negócio, de forma a avaliar eficazmente a rentabilidade económica da empresa, a curto, médio e longo prazo, num cenário positivo, negativo e realista, de modo a validar a continuidade do mesmo.
Como estimular esta educação financeira?
Como já foi possível perceber, a educação financeira deve ser feita a todos os níveis, isto é, quer a colaboradores de classes sociais e educação mais baixas como a colaboradores de classes sociais e educação superiores, sendo que as abordagens devem ser adaptadas a cada caso.
Para isso, é importante contar com a ajuda dos Recursos Humanos, que são os responsáveis por conhecer melhor os colaboradores, de forma a auxiliarem a identificação das melhores abordagens para cada tipo de profissional, sendo que, por norma e segundo os dados, quanto maior o nível de escolaridade e escalão social, maior o nível de literacia financeira.
Por outro lado, pode recorrer a questionários internos, de modo a avaliar, de maneira mais precisa, o nível de literacia financeira e quais os temas de maior interesse ou dúvida a abordar. Pode utilizar diferentes meios para o fazer, entre os quais:
Comunicação interna da empresa, a partir da partilha de conteúdos educativos, semanalmente ou mensalmente, que ensinem às pessoas vários temas financeiros, relacionados com prevenção de dívidas, benefícios do dinheiro, história da educação financeira, poupança mensal, uso consciente de linhas de crédito e entre outros;
Palestras por parte de especialistas na área financeira e económica, com a capacidade de educar, discutir temas relevantes ou responder a questões por parte dos colaboradores;
Parcerias com empresas no setor de atividade financeiro, banca, seguros, mediação e entre outros, através de ofertas ou descontos exclusivos para colaboradores, de modo a facilitar a compra de um imóvel ou outro tipo de objetivo financeiro;
Oferta de formações na área financeira aos colaboradores e o acesso gratuito a alguns recursos, aplicações ou ferramentas de análise e controlo financeiro, como o Racius.
O acesso à informação é das coisas mais poderosas que se pode cultivar no mundo, nomeadamente em contexto organizacional. Como tal, os verdadeiros Líderes não devem ter receio de ter colaboradores informados, muito pelo contrário, devem ser os primeiros a estimular essa educação, nomeadamente ao nível financeiro, tendo em conta todos os benefícios para os seus colaboradores e para o negócio.